Mas o que é a sustentabilidade?
De acordo com a definição constante no Relatório Brundtland, apresentado em 1987, o «Desenvolvimento Sustentável» é definido como um modelo de desenvolvimento que "responde às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras darem resposta às suas próprias necessidades".
A Resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulada «Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável» entrou em vigor a 1 de janeiro de 2016 e integra 17 objetivos - os ODS ou Objetivos de desenvolvimento sustentável- desdobrados em 169 metas. Estes objetivos globais fixam metas de sustentabilidade, com foco em áreas críticas para a humanidade, e estruturam-se em torno de 5 Princípios: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias.
Neste contexto a estratégia e o desempenho ambiental, social e de governance (ESG - Environmental, Social and Governance) das organizações -privadas ou públicas- é cada vez mais relevante para as diversas partes interessadas e um factor diferenciador. Trabalhar sobre o triângulo da sustentabilidade, de forma estratégica e estruturada, equilibrando os pilares social, económico e ambiental é assim imperativo para as organizações se manterem competitivas.
Na europa assiste-se a um movimento regulatório no sentido de obrigar as empresas a prosseguirem estratégias ESG. A publicação da Diretiva Europeia 2022/2464 relativa ao relato de sustentabilidade das empresas, é mais uma evidência deste movimento. Esta diretiva europeia aumentou o número de empresas com obrigatoriedade de reporte de informação de sustentabilidade, o que torna mais relevante a utilização de critérios de relato standard e fiáveis para poder haver comparação de informação entre organizações -de diferentes dimensões e áreas de atuação.
Normas de reporte de sustentabilidade
Na União Europeia o relato de informações sobre sustentabilidade das empresas deverá ser feito de acordo com as normas da EFRAG: European Sustainability Reporting Standards (ESRS). O desenvolvimento das normas ESRS tem sido feito com base em processos de consulta pública
e tendo como objetivo o alinhamento com normas existentes ou em desenvolvimento por outras entidades. O relatório baseado no standards GRI (Global Reporting Initiative) é uma das ferramentas utilizadas pelas organizações para o seus relatos ESG. As normas ESRS sector-agnostic estão significativamente alinhadas com os GRI Standards, tendo a Global Reporting Initiative (GRI) anunciado a sua intenção de continuar a trabalhar com a EFRAG.
E a sua organização já incorporou os conceitos ESG na sua estratégia?